quinta-feira, 13 de setembro de 2012

TEATRO DE GUARAMIRANGA “O FUTURO EM CENA”

Mesmo diante de restrições orçamentárias, o Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (FNT) preserva seu fundamento de mostra voltada para a formação e para a produção regional. Às vésperas de completar vinte anos, o Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (FNT) venceu o desafio de se viabilizar com praticamente metade dos recursos que teve à disposição em edições passadas. Financiado quase exclusivamente via Lei Estadual de Cultura, o festival teve autorização para captar R$ 180 mil quando antes tinha um teto de pelo menos R$ 300 mil. A organização enxugou a programação, mas conseguiu manter a vocação primeira do FNT, apresentar novos grupos representativos da cena do teatro no Nordeste e nomes de referência. “Ao invés de ser um festival que revela, investe em formação, poderia ser um festival com atores globais, mas a luta árdua da Agua -a Associação de Amigos da Arte de Guaramiranga que organiza o FNT – é reforçar esse primeiro papel: o de um festival cultural. Não é meramente turístico. É para quem gosta de teatro e para quem gosta de ver teatro em Guaramiranga”, diz Nilde Ferreira, sócia-fundadora da Agua. Essa marca do FNT aumenta o desafio de captar recursos. A iniciativa privada, que já se interessa pouco por eventos culturais, não se entusiasma a patrocinar um evento assim, nem mesmo a partir de renúncia fiscal. “A iniciativa privada ainda não ampliou sua visão para investir em projetos que não são extremamente comerciais, que não têm grande potencial de mídia de massa. O FNT não quer ser um evento de massa. Guaramiranga nem aguenta”, diz Nilde. Nem o comércio local de Guaramiranga, evidentemente beneficiado pelo movimento puxado pelo festival de teatro, assume sua parte na realização do evento. A organização não consegue negociar descontos, nem permutas de hospedagem ou alimentação, e também não consegue fechar acordos com companhias de ônibus que levam público e atores. Por lá, a iniciativa privada simplesmente não colabora. “A gente fala em iniciativa privada, fica logo pensando em coisa grande, Petrobras, mas a cadeia local é muito importante e não temos esse aporte. Estamos demandando toda força do poder público, que tem o seu limite”, diz Nilde. Humberto Cunha, que era secretário de cultura de Guaramiranga em 1993, ano de estreia do FNT, defende que o comércio local adquira cotas do evento. “Restaurantes e hotéis eram quase inexistentes quando o festival de teatro começou. É claro que ele, junto com outros festivais, alavancou toda essa estrutura”, constata. Humberto defende que eventos consolidados como o FNT, de relevância “inquestionável”, deveria entrar na previsão orçamentária do Estado. “O festival tem viés de formação muito forte e até indispensável no atual cenário do Ceará e do Nordeste. Eventos assim devem estar já no orçamento do Estado, independente de captação. Não poderia ficar no risco de não
acontecer”.
Fonte: O Povo

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